Não podemos ignorar o futuro...

A juventude é efêmera, a velhice quase eterna, até a morte.
Muita das vezes esqueço-me disso; muitas pessoas esquecem.
Vivemos e nos prendemos no presente. Vivo, insisto e mergulho fundo no momento.
Não julgo isso ser errado. Mas questiono: até onde vale a pena intensificar o presente e ignorar o futuro?
Atos na juventude poderão gerar conseqüências para uma velhice inteira; por outro lado, se a juventude é passageira, parece-me óbvio aproveitarmos tal período com intensidade, vontade e verdade!
Essa vida me faz ter pensamentos contraditórios.
Todos pensam contraditoriamente, poucos percebem, poucos se importam.
Não somos os mesmos que a uma, duas, três, vinte e quatro horas atrás, pois absorvemos constantemente novas informações, vivenciamos experiências e consequentemente nos tornamos cada vez mais maduros, ou revoltados. Positivos ou negativos. Responsável ou Inconseqüente.
Sim, é estranho falar e pensar sobre isso e escrever pode parecer mais estranho ainda. Mas me conforta. É mais fácil, rápido e cômodo ir levando dia após dia, sem ter muito que planejar. Ao mesmo tempo, ou com o decorrer do tempo, isso vai se tornando desmotivante. Todos precisam ter objetivos para ir adiante. Tudo o que acontece parece intrigante e às vezes irritante.
A vida é mesmo cativante e viver é contagiante.
Amo a vida, mas às vezes me canso. As coisas pesam.
O mundo roda e perco o chão. Gostaria de não querer saber o "porquê" de tantas coisas:
O "porquê" da vergonha de amar, O "porquê" da vergonha de errar...
O "porquê" da resistência a se doar, O "porquê" de sem motivo algum alguém matar...
O "porquê" de muitas coisas eu não entender e o "porquê" que muitas pessoas simplesmente desistem de viver!
A vida é um relógio. Sempre para frente.
Tudo passa; momentos marcam.
Sorriso alegra e aquece, abraço conforta e fortalece.
Amigos e Família nos orientam e fazem companhia...
Enquanto Deus fielmente nos guia.

Pensando enquanto ainda jovem.